14 fevereiro 2010

post's retroactivos... 1

Hoje, dia que chamam dos namorados, resolvi reflectir sobre o amor. E resolvi também rever algumas coisas que escrevi num blogue que tive há uns anos, na descoberta da blogosfera, e que se chamava Código de Santiago. A idade também nos traz isto: revermo-nos à distância de uns anos e perceber que nos traduzimos na soma das nossas "vidas passadas". Os códigos mudam quando mudam as nossas residências interiores. Algumas coisas que escrevi ainda vivem comigo, outras não passam da memória de um apeadeiro onde me sentei por um tempo.

Aqui vai um dos antigos:

Homens temporariamente sós
A vida não está fácil para os homens trintões. Tenho uma série de amigos que vivem sós, com existências intercaladas por encontros sexuais fugazes e relações que deixam mágoas e conduzem a um ateísmo amoroso de que não há memória. No outro dia um deles desabafou: O que raio querem as mulheres? Eu, que tenho sempre qualquer coisa a dizer, fiquei sem resposta. Nem as mulheres sabem o que querem! Essa é a verdade. Ou, pelo menos, não sabem o que querem sempre... Umas vezes queremos umas coisas, outras vezes o contrário dessas... A única resposta cabal que ouvi nos últimos tempos foi somente esta: Gosto de um homem que me faça rir todos os dias! Sinceramente não a compreendi... Mas isso fica para outro post. Ontem disse a outro amigo (que acredita que um amor a sério nunca se repete e que a oportunidade dele já passou) uma coisa verdadeiramente estúpida: Os homens não podem tratar as mulheres bem demais... Que grande parvoíce esta. Nem sei o que queria dizer com isto. Só sei que mais cedo ou mais tarde, a maioria dos meus amigos trintões sós vai acabar por casar com alguém que está à mão de preencher um vazio, compôr a casa, constituir família, etc, sem glória, sem paixão, e sem um pingo de desilusão sequer... Aquela que sempre advém de um grande amor!
Junho 2004

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