14 julho 2009

se...

Se eu fosse uma bandida, seria assaltante de bancos ou de obras de arte. O prazer de roubar os bancos é quase igual ao prazer de possuir um Renoir.
Se eu tivesse nascido na América seria agente do FBI.
Se eu tivesse dinheiro para ir à América, andava meses a atravessar o território num descapotável a ouvir Johnny Cash, sem largar as botas texanas e os chapéus da série Dallas.
Se eu não fosse portuguesa seria espanhola ou americana (ou estadunidense, como diz o M. e bem), que é tudo o que quisermos ser.
Se eu não tivesse amigos juro que os comprava. Em leilão ou nas boutiques que eu confio pouco nos saldos.
Se eu nunca tivesse sido amada estaria agora a aprender tudo do princípio, o que até podia ser bom para não fazer parvoíces ou não me armar em parva, que é quase a mesma coisa.
Se eu não fosse a eterna filha, não tinha chegado à conclusão que quero ser mãe.
Se eu não tivesse começado a andar tão cedo (ainda nem dez meses tinha) não tinha os joelhos tortos e viveria a tempo do tempo.
Se eu tivesse feito aulas de canto e de representação podia ganhar um Óscar.
Se eu não delirasse não escrevia posts destes.

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