12 agosto 2009

cidade euro

É uma questão de sobrevivência por estes tempos em Lisboa trazer sempre connosco pelo menos uma moeda de um euro. Sobretudo à noite. Há sempre alguém que nos pede alguma coisinha para comer, e que não, não é para aquilo que estamos a pensar. Eu já nem penso. Dou sempre os dois ou três euros que levo no bolso. O que mais me chateia é que já nem é por solidariedade, nem sequer por caridade. Já não há ideologia de direita ou de esquerda que me salve nisto. Dou por automatismo e desejo sempre boa sorte e, entrelinhas, que não me mace mais. Só consigo dizer não aos senhores das rosas. Sou alérgica, digo-lhes. Tempos estranhos estes em que dar não passa de um verbo de encher.

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